A Montanha
Superprodução
do cinema brasileiro sobre a luta de soldados brasileiros na Segunda
Guerra Mundial chega aos cinemas em 2012 cercada por muita expectativa
Chega
em breve aos cinemas brasileiros o filme "A Montanha", dirigido pelo
carioca Vicente Ferraz (“Soy Cuba”). O filme – uma superprodução, com um
orçamento girando em 8 milhões de dólares – é baseado em fatos reais e
conta a história sobre a participação de um grupo de soldados
brasileiros da FEB (Força Expedicionária Brasileira) na Segunda Guerra
Mundial. Cercado por uma enorme expectativa (público e crítica), “A
Montanha” encaixa-se, claro, do gênero de “filme de guerra”. Mas seu
enredo aparenta transbordar a narrativa e o argumento clássico desta
classificação. No Sopé do Monte Castelo, na Itália, uma esquadra de
caçadores de minas da FEB sofre um ataque de pânico e acaba se perdendo
em plena “Terra de Ninguém” (zona deserta no front de guerra).
Desesperados, com frio, fome e sede, os Pracinhas têm de optar por
enfrentar a corte marcial ou encarar novamente o inimigo. Então, os
remanescentes do grupo decidem rumar para outro ousado objetivo militar:
desarmar o campo minado mais temido da Itália. No caminho, acabam
encontrando um Partigiano arrependido e um oficial alemão cansado
da guerra. Com a inesperada ajuda do ex-inimigo alemão, os Pracinhas
vão tentar realizar uma missão até então considerada impossível.

O
Brasil foi o único país latino-americano a enviar tropas para a Segunda
Guerra Mundial. No total, foram enviados mais de 25 mil soldados à
Itália, um grupo que ficou conhecido como “Força Expedicionária
Brasileira”. Esses soldados permaneceram ininterruptamente 239 dias em
combate. E participaram de diversos combates importantes, em terra e no
ar. Entre as principais vitórias dos militares brasileiros no teatro de
guerra europeu estão Massarosa, Monte Acuto, Barga, Montese, Fornovo di
Taro e a mais famosa de todas: Monte Castelo. No pós-guerra, a
participação dos “pracinhas” na guerra foi bastante contestada e até
mesmo silenciada pela historiografia e pela classe política. Nas últimas
décadas, no entanto, o tema passou a ser objeto de estudo acadêmico. E
nas telas do cinema, os soldados brasileiros já foram tema de
documentários importantes, como “Senta a Pua!”, de Erick de Castro. Mas
nunca havia sido produzido uma ficção de longa-metragem. “A Montanha” –
filmado no primeiro trimestre de 2011 – vem ocupar, não sem algum
atraso, essa lacuna na cinematografia brasileira.
Orçado
em 8 milhões de reais – o que significa uma grande quantia para um
filme brasileiro – “A Montanha” traz Daniel de Oliveira (“Cazuza”) no
papel principal, além dos atores Júlio Andrade, Ivo Canelas, Sergio
Rubini, Richard Sammel, Thogun Teixeira e Francisco Gaspar. O diretor,
Vicente Ferraz, sublinha que o seu filme difere um pouco dos demais do
gênero:
-
“A Montanha” não é um típico filme de guerra. É a história de
brasileiros, italianos e alemães que se encontram durante o maior
conflito do século XX. E nesse inusitado encontro mostra que, mesmo
durante a guerra, os aspectos humanos podem sobreviver.
“A
Montanha” está em fase de pós-produção e a previsão é que chegue aos
cinemas brasileiros ainda em 2012. Para quem quiser ir conhecendo um
pouco melhor o filme, pode acessar o seu blog oficial ou baixar um excelente material de divulgação da
“Três Mundos” e da “Primo Filmes”, responsáveis pela produção do longa.
Neste material (formato em PDF), é possível ler mais sobre o enredo do
filme e curtir a história e as imagens de todos os soldados que são
retratados nas telas.
Fonte: http://cafehistoria.ning.com/page/materia-do-cafe-historia-historia-no-cinema
